Essa noite eu tive um sonho de sonhador
Maluco que sou, eu sonhei
Com o dia em que a Terra parou
Com o dia em que a Terra parou
Foi assim
No dia em que todas as pessoas
Do planeta inteiro
Resolveram que ninguém ia sair de casa
Como que se fosse combinado em todo o planeta
Naquele dia, ninguém saiu de casa, ninguém
O empregado não saiu pro seu trabalho
Pois sabia que o patrão também não 'tava lá
Dona de casa não saiu pra comprar pão
Pois sabia que o padeiro também não 'tava lá
E o guarda não saiu para prender
Pois sabia que o ladrão, também não 'tava lá
E o ladrão não saiu para roubar
Pois sabia que não ia ter onde gastar
(Raul Seixas)
Após mais de 40 anos, quem diria que esta música do final da década de 70 forneceria tantos elementos do nosso presente. Todo o planeta mobilizado com os efeitos da Pandemia, pelo novo coronavírus, está imerso em dúvidas. Aliás, perguntas são feitas a cada momento e a incerteza sobre o porvir é um duro imperativo. Como será o amanhã? O que irá acontecer? Como vai ser? Novo normal? O que será o normal?
Sentir medo é um mecanismo de defesa natural da nossa mente para nos proteger do desconhecido. Desde fevereiro paramos de viver para sobreviver a novas formas de ser e existir no mundo. Apesar dos esforços de retomada, este trauma coletivo como o escritor Julian Fuks bem colocou, exigirá de nós um modo novo de entendimento de quem somos e para onde queremos ir.
Para que nosso leitor tenha um cenário da crua realidade, estamos em um país que valoriza muito pouco seus artistas e a arte como como forma de educação e saúde, pouco cria políticas efetivas no que concerne à Saúde Mental, mesmo quando os dados são um dos mais alarmantes do mundo, inclusive antes da Pandemia. Somos uma das maiores biodiversidades do planeta, mas pouco conservamos, ao contrário, lideramos o ranking dos países que mais perdeu área arborizada e infelizmente, ainda temos milhões de brasileiros que sofrem com a escassez de alimentos, ao passo que há um imenso desperdício de comida.
O convite que fazemos é utilizar deste momento como uma oportunidade. Mais do que nunca somos convocados a rever nossos valores individuais e coletivos. É importante refazermos o combinado com o planeta, com as pessoas e conosco. Ressignificar nosso lugar de cidadão e construir hábitos mais sustentáveis para o mundo e para o país se faz necessário. Ainda mais um país com tanta contradição.
Vamos fazer a diferença!
Consuma arte e valorize os artistas
Durante o isolamento social encontramos suporte e amparo através da Arte. Arte que veio pelos livros com seus versos e prosas, músicas que embalam nossas histórias, dos impecáveis espetáculos de teatro e dança online que tivemos acesso e dos filmes. Nada disso existiria sem os artistas e suas respectivas linguagens. São eles que nos conectam com a poesia da vida, mas que, por vezes, ficam marginalizados, sem investimento e reconhecimento do seu valor para a sociedade.
Esteja atento ao bem
Fique ligado em como você pode ser uma pessoa melhor no bairro aonde mora. Que ações pode colocar em prática e mobilizar seus vizinhos para que o vínculo comunitário ganhe força e vocês possam construir um espaço coletivo mais agradável e sustentável, por meio de uma horta comunitária, por exemplo.
Continue com as práticas de higiene
Limpar as mãos com água e sabão é uma das formas de evitar a contaminação não somente pela Covid-19, mas também por outros vírus, bactérias e fungos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o simples ato de lavar as mãos reduz em até 40% o risco de contrair doenças como gripe, diarreia, infecção estomacal, conjuntivite e dor de garganta.
Menos é mais
Reveja práticas de consumo e observe o que realmente você e sua família precisam para serem felizes. Reflita sobre as suas prioridades e entenda sobre a cadeia de produção. Por acaso você sabe quanto tempo demora para se decompor o que pensa em comprar ou o que descarta?
Saúde Mental agora e sempre
Estamos em um mundo intenso, não necessariamente mais produtivo e saudável. Encontrar maneiras de realizar a manutenção de sua Saúde Mental é importante, inclusive para sua saúde física. Continue dando atenção para os sentimentos que tem aflorado e reflita sobre eles. Caso julgue pertinente, busque um auxílio profissional para decifrá-los e minimizar sintomas.
Valorize as Relações Afetivas
Em época de isolamento social percebemos o quanto a presença física é importante. O valor de um abraço nunca foi tão estimado e trouxe tanto conforto. Que possamos estreitar os laços e dissolver os mal entendidos!
Sinta cada detalhe de estar de vivo
Agradeça sempre que possível. Privados de sair na rua, descobrimos que os pequenos prazeres como o vento no rosto, sol na pele e gentileza nas filas de supermercado, por exemplo, são alegrias que nos passam despercebidas por conta da aceleração da vida.
Vai passar! Está passando!
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